Jovem que matou irmão em ritual,fez pesquisas sobre o diabo dias antes do assasinado
A investigação da Polícia Civil de São Roque (SP) apontou que Karina Aparecida da Silva Roque, presa por torturar e matar o irmão de 5 anos,
fez buscas na internet por conteúdos explicativos sobre tipos de
demônios e magia negra na semana do crime, cometido no início de abril. O
inquérito sobre o caso já foi concluído e o G1 teve acesso ao documento.
Segundo a investigação, a jovem de 18 anos enviou links das pesquisas
para uma amiga, que levou o conteúdo à polícia após o crime. Entre as
pesquisas feitas por Karina estão termos como "demônio da insônia",
"demônio da pornografia", "Lúcifer" e "pentagrama associado a magia
negra", além de uma imagem em preto e branco de uma cena de
enforcamento.
Em entrevista a uma rádio local,
a mãe de Karina, Daniela Cordeiro da Silva, contou que, no dia do
crime, a jovem disse a ela que se chamava Sabrina. A informação foi
confirmada pela polícia. Coincidentemente, Sabrina é o nome da
protagonista de uma série exibida por um serviço de streaming que trata
de assuntos como bruxaria e magia negra.
"Quando cheguei, a porta estava fechada, ela já estava estranha, estava quebrando o celular, falou que eu não era mãe dela, que era para eu ficar de joelho e disse que o nome dela era Sabrina. Estava com a voz estranha, não era ela", comentou.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o irmão da jovem,
Maycon Aparecido da Silva Roque, foi morto com requintes de crueldade e,
de fato, foi torturado, ou seja, chegou a sofrer algumas lesões enquanto ainda estava vivo, na casa da família, no bairro Gabriel Piza, em São Roque.
Durante as investigações, a polícia também ouviu a família dos irmãos e
todos disseram que Karina cuidava bem de Maycon e, inclusive,
apresentava hábitos normais de uma jovem de 18 anos.
Porém, uma semana antes do crime ela passou a ter um "comportamento
alterado", não dormia bem e falava pouco, relatou a família à polícia.
A amiga da suspeita ainda disse à polícia que Karina chegou a contar
que sonhou que iam matar alguém da família dela e iam culpá-la. Os
prints da conversa da jovem com a amiga foram anexados ao inquérito
policial, que já foi entregue ao Ministério Público.
Inicialmente, Karina confessou à Polícia Militar
que, na noite do dia 4 de abril, asfixiou o irmão com um travesseiro.
Depois que o menino já estava morto, segundo o boletim, ela contou que furou os olhos do menino, decepou e comeu o pênis, e ainda queimou os pés dele.
Segundo a Polícia Civil, o laudo do IML revelou que, na verdade, o
menino teria sofrido algumas dessas lesões enquanto ainda estava vivo.
Porém, a polícia optou por não revelar as especificações do crime.
A polícia concluiu que Karina praticou o crime sozinha,
sem auxílio de outras pessoas. A perícia feita no celular dela, que foi
encontrado queimado, não conseguiu recuperar o conteúdo do aparelho. Um
chip também foi periciado e não levou a outros envolvidos no crime.
O Ministério Público denunciou a jovem na segunda-feira (6) por
homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de crueldade, traição,
dissimulação, impossibilidade de defesa da vítima e ocultação de
cadáver, além de tentativa de homicídio por ter dado uma pedrada no tio e
maus-tratos por ter mordido o cachorro da família.
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