O atirador da Catedral de Campinas tinha ódio da Igreja Católica
Na
última terça-feira (11), dentro da Catedral Metropolitana de Campinas,
Euler Fernando Grandolpho, 49 anos, matou quatro pessoas e feriu outras
duas com tiros antes de se suicidar. O assassino foi descrito como tendo
um perfil estranho.
Euler,
que não trabalhava desde 2014, morava com seu pai em um condomínio de
classe média, em Valinhos, cidade próxima a Campinas, no interior de São
Paulo. Sua mãe morreu há alguns anos atrás.
Segundo
o depoimento da escrevente Rita Franco, 46 anos, que namorou Euler na
juventude, ele era um jovem normal e correto, o único ponto fora da
curva era o seu ódio profundo pela Igreja Católica, pois o pai, cristão
fervoroso, passava muito tempo fora de casa, fazendo trabalho voluntário
na Igreja.
“Ele dizia que o pai ficava sendo enfiado dentro da igreja ‘ajudando pobre’, que ‘dentro de casa não varre um chão”, disse Rita.
Apesar
de demonstrar ódio pela religião, a ex-namorada disse que nunca
imaginou que Euler “fosse atingir essa dimensão, não sei o que aconteceu
nesse meio tempo”. A última vez que ela o viu foi em 2004.
A
polícia, quando foi à residência de Euler, descobriu que ele matinha um
diário, em que escrevia sobre sua depressão. Nas anotações, o atirador
afirmava se sentir perseguido, inclusive, anotando placas de carros.
“Ele
tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de
ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir
de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio
psicossocial para tratar disso”, afirmou o delegado do Deinter-2.
Conforme o testemunho do pai de Euler, o filho não deixava ninguém entrar em seu quarto, inclusive, ele mesmo fazia a faxina do cômodo. O pai também disse que, devido ao quadro psicótico do filho, até imaginava que este poderia se suicidar, mas nunca pensou que mataria outras pessoas.
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