Pastora usa a biblia para defender que cristãos devem ser forçados a financiar abortos
Uma pastora
do estado de Indiana, EUA que afirma ser cristã pró-vida testificou contra uma
decisão sobre liberdade religiosa na sexta-feira durante audiências no Senado
dos EUA sobre o candidato do Supremo Tribunal Brett Kavanaugh.
Alicia Baker,
ativista progressista e pastora ordenada da Igreja Metodista Livre de
Indianápolis, pediu ao Senado que se opusesse à confirmação de Kavanaugh por
causa de sua decisão de conceder isenções religiosas ao mandato de saúde
pública do governo de Obama, conhecido como Obamacare.
“Se o juiz
Kavanaugh for confirmado, o acesso ao controle de natalidade acessível estará
em perigo,” disse Alicia. “Este comitê e o Senado precisam avaliar o impacto
prejudicial que o juiz Kavanaugh teria sobre a saúde e o bem-estar de muitas
pessoas.”
Em 2015,
Kavanaugh ficou do lado da entidade Padres Pró-Vida em seu desafio ao mandato
do Obamacare, enquanto servia no Tribunal do Circuito de Apelações dos EUA no
Distrito de Columbia. Ele disse que o governo não deve forçar empregadores
religiosos a fornecer drogas e dispositivos que possam causar abortos.
“Concluí que
penalizar alguém com milhares e milhares de dólares por não preencher um
formulário por causa de suas crenças religiosas estava errado,” disse Kavanaugh
durante a audiência de quinta-feira.
Alicia discordou, argumentando que as mulheres sofrerão se as organizações religiosas ficarem isentas do mandato pró-aborto.
“Jesus nos
orienta a defender uma sociedade justa que permita que as pessoas vivam suas
vidas ao máximo. Em João 10:10, Jesus diz: ‘Eu vim para que vocês tenham vida e
a tenha em abundância,’ disse Alicia. ‘E isso significa apoiar o acesso ao
controle de natalidade a um preço acessível, porque ao permitir que as pessoas
planejem se e quando engravidar, o controle de natalidade nos permite viver
nossas vidas ao máximo.”
Em seu
discurso de abertura, Alicia afirmou ser cristã pró-vida. Mas a maioria dos
empregadores que desafiaram o mandato do Obamacare são cristãos pró-vida que
não querem ser forçados a fornecer controle de natalidade que pode causar
abortos. O desafiante mais conhecido do Obamacare, Hobby Lobby, se opôs a
apenas quatro formas de controle de natalidade que podem atuar como abortivos,
inclusive o DIU e ella; forneceu outros 16 formulários a seus empregados sem
objeção.
Alicia disse
que se envolveu na briga antes de seu casamento quando seu seguro não cobriria
seu DIU. Ela disse que ela e seu marido decidiram que, por razões financeiras,
esperariam um pouco antes de terem filhos. Alicia disse que seu médico
recomendou um DIU devido a problemas anteriores que ela teve com o controle da
natalidade hormonal. No entanto, sua empresa de seguros não queria fazer a
cobertura do dispositivo — algo que Alicia disse que a deixou “chocada” e
causou muito estresse até o casamento dela.
Seu seguro
disse a ela que não cobria o dispositivo porque ele pode agir como abortivo,
algo que Alicia se recusou a acreditar.
Contudo, de
acordo com a Secretaria de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde dos EUA, isso
acontece. Seu site descreveu o dispositivo desta maneira em 2014: “Se a
fertilização ocorrer, o DIU impede que o óvulo fertilizado se implante no
revestimento do útero.” Um óvulo fertilizado já é um ser humano vivo com seu
próprio DNA único.
Alicia lutou
com sua empresa de seguros e, por fim, juntou-se a um processo com o Centro
Legal Nacional das Mulheres, uma entidade pró-aborto, para desafiar a decisão
do governo Trump que expandiu as isenções religiosas sob o mandato do
Ministério da Saúde.
Kavanaugh
poderá participar do processo se ele for confirmado e o caso chegar ao Supremo
Tribunal. Isso preocupa Alicia.
“Minha fé exige que eu fale em nome de milhões de mulheres que perderão o acesso ao controle de natalidade a preços acessíveis se o juiz Kavanaugh for confirmado,” disse ela. “Como uma pessoa de fé profunda, eu nunca imporia minhas crenças religiosas a ninguém — e ninguém mais deveria fazê-lo.”
Mas mulheres
como Alicia não são impedidas de acessar o controle de natalidade, inclusive
tipos que podem causar abortos. Alicia pagou o dela por conta própria, e outras
mulheres também podem fazê-lo se seus empregadores se opuserem.
Kavanaugh
estava certo em se aliar a pessoas religiosas ameaçadas pelo governo com multas
pesadas se elas não obedecessem. A liberdade religiosa é uma parte fundamental
dos Estados Unidos, e os indivíduos religiosos não devem ser forçados a
desistir de seus negócios ou pagar multas enormes simplesmente porque se opõem
a pagar por algo que pode causar a morte de um inocente bebê em gestação. Pastores
evangélicos precisam reconhecer isso.
FONTE: https://juliosevero.blogspot.com/2018/09/pastora-metodista-usa-versiculo-da.html
FONTE: https://juliosevero.blogspot.com/2018/09/pastora-metodista-usa-versiculo-da.html
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