Casais católicos pode ir a motel?
Com
os problemas do dia a dia, o corre-corre para dar conta do trabalho,
dos filhos e do lar, muitas vezes os casais acabam se deixando um pouco
de lado. É normal que muitos busquem maneiras de fazer com que o
relacionamento saia da “rotina”; em certos casos, isso é bom. No
entanto, é preciso que os casais católicos tenham certo “filtro”, tenham
discernimento ao escolher uma maneira de alcançar o resultado que
desejam.
Alguns preferem jantar fora, outros deixam os filhos um fim de semana com os avós e vão viajar ou ainda saem a sós, para um simples passeio. Enfim, existem muitas maneiras de fazer “algo diferente” com seu cônjuge. Cada casal deve buscar em sua realidade o que é melhor para os dois. Com isso, muitos se perguntam se casais católicos podem ir a motéis. Vou lhe dar minha opinião.
Sinceramente, não aconselharia um casal católico a ir a um motel.
Podemos dizer que o motel, no Brasil, não é como nos EUA, por exemplo,
um simples hotel de beira de estrada, onde as famílias pernoitam para
continuar uma viagem. De modo diferente, embora muitos trabalhadores
ainda utilizem o motel para pernoitar, sabemos também que a maioria de
seus frequentadores usam desse espaço para a prática da fornicação ou
para viver o adultério. Sabemos que ambas as práticas configuram pecados
graves: “Não cometerás adultério” (Ex 20,14); ou como mostra o
Catecismo da Igreja Católica (CIC):
“O adultério. Essa palavra designa a infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério. Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo. O sexto mandamento e o Novo Testamento proscrevem absolutamente o adultério. Os profetas denunciam sua gravidade. Veem no adultério a figura do pecado de idolatria” (CIC n.2380
“O
adultério é uma injustiça. Quem o comete falta com seus compromissos,
fere o sinal da aliança, que é vínculo matrimonial; lesa o direito do
outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o
contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos
filhos, que têm necessidade da união estável dos pais” (n.2381).
O Catecismo da Igreja, quando fala dos graves pecados contra a castidade, diz: “Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais” (n. 2396).
Ora, se o motel é um lugar onde esses pecados podem ser cometidos
abundantemente, como, então, um católico deveria frequentá-lo? Não vejo o
menor sentindo nem necessidade. Você levaria sua esposa, por exemplo,
para jantar em um restaurante onde você sabe que é sujo e contaminado
por bactérias? Claro que não! Você a respeita e cuida de sua saúde
física.
Não
há como negar que a maioria dos motéis são usados também para a
prostituição, um pecado grave: “A prostituição é um atentado contra a
dignidade da pessoa que se prostitui, reduzida ao prazer venéreo que
dela se tira. Quem paga, peca gravemente contra si mesmo: quebra a
castidade a que o obriga o seu Baptismo e mancha o seu corpo, que é
templo do Espírito Santo (102). A prostituição constitui um flagelo
social” (n.2355).
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